Fiquei na dúvida entre fazer um comentário na postagem do nosso colega Seu Cossio e escrever minha própria postagem. Em verdade, nenhuma pretensão minha de falar sobre o que ocorreu vai ser suficiente para ilustrar o tamanho da tristeza que estou sentindo.
Tristeza e vergonha, imensa vergonha. Vivemos em um estado cujo principal veículo de comunicação impressa age de forma indigna e ridícula, tentando calar a boca de quem o contraria, da forma mais baixa que pode haver: com o poder de sua autoridade e influência, esse brilhante jornal impede a livre manifestação na web, espaço teoricamente "livre" de expressão. Como se já não tivéssemos bastante dificuldade em encontrar informação, conteúdo, isenção (existe???), temos agora que encarar a censura na sua forma mais explícita, tudo porque um brilhante fotógrafo do brilhante jornal sentiu-se atingido, ferido ou atacado na sua "integridade". Além de termos que engolir todas as babaquices que são publicadas todos os dias neste que é o jornal que mais emprega meus colegas de faculdade, temos que conviver com esta realidade VERGONHOSA.
Wladymir Ungaretti é bem mais que um professor, um mestre, mais que um orientador, uma influência, um exemplo, um modelo. É bem mais que tudo isso. É a prova de que sempre se pode fazer a diferença. E só fará sentido quando incomodar, quando irritar, quando for a pedra no sapato de quem não quer que a gente exista e diga o que está errado.
Vou me formar no final deste ano, e confesso que estou bastante desesperançosa em relação ao espaço que teremos, nós que não nos conformamos, que questionamos, que não aceitamos o que nos oferecem pura e simplesmente, sem reflexão e discussão. Onde poderemos fazer o jornalismo no qual acreditamos?
Naturalmente isto não vai me desmotivar. Vou continuar acreditando no que faço. Não me importa se vou ficar desempregada, se vou brigar, e perder muitas brigas. Mais uma vez, jornalismo é subversão. Sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário