quinta-feira, 22 de abril de 2010

Todo mundo merece uma segunda chance.



E foi por isso que não perdi pela segunda vez a oportunidade de ver o Cake ao vivo.
Perdi o show no Opinião em Porto Alegre quando a banda passou por aí e me arrependi demais quandod ouvi os relatos dos amigos que foram então quando vi que ia ter show aqui em Edmonton comprei os ingressos ainda na pré-venda e marquei no calendário: 20 de Abril - CAKE.
Fiz meu tema de casa, ouvi bastante as músicas, aprendi algumas letras e tudo mais.
Aqui em Edmonton e acredito que no Canadá de uma maneira geral as coisas são BEM diferentes de Porto Alegre e do Brasil de uma maneira geral.
O show estava marcado para as 8 da noite e o centro de eventos onde foi realizado o show abriu as 7 da noite.
Esse centro de eventos fica no shopping center da cidade, que até pouco tempo atrás era o maior shopping center do mundo!!! Who cares?
Chegamos eu e a patroa cedinho na frente da entrada e as portas se abriram pontualmente as 7pm, entramos sem correria no lugar, uma espécie de Opinião, um pouco menor, muito bonito e tudo mais. Ilimunação baixa, música também baixa e cerveja MUITO cara: 6 dólares a lata!
O pessoal continuou chegando e se acomodando na frente do palco calmamente.
8 da noite: Ouvimos o primeiro acorde vindo do palco e o show começou pontualmente no horário do ingresso.
Entre a primeira e segunda música ouvimos um cara logo atrás de mim perguntar assim: "Brazucas????"
Ele nos ouviu falando em português e logo identificou, nos apresentamos e ficamos por ali.
O show teve intervalo!!!!! Acreditam nisso? Acho que eu nunca tinha visto um show desses com intervalo exceto pelo Roger Waters que sempre faz aquele teatrinho de sentar na mesinha de buteco no palco e tomar uma coisa qualquer no meio do show.
No intervalo pegamos mais uma cerveja milionária e troquei uma idéia com o novo amigo brasileiro. Não bastasse o cara ser brasileiro, é gaucho de Porto Alegre e é amigo de um amigo do meu primo que tem uma banda cover de Cake em Porto Alegre. Êita mundo pequeno!
O som estava muito bom, o repertório também e aquele cara que toca mil instrumentos na banda é realmente muito foda.
A parte bizarra foi que o vocalista parecia puto da cara o tempo todo... conversou bastante com a platéia, coisa que aqui é bem mais comum pq todo mundo fala ingl6es, hehehe mas cada vez que a resposta não era muito de acordo com o que ele esperava ele ficava de cara e mandava a galera calar a boca ou falava alguma grosseria do gênero. Fazer o que né... não tenho certeza se o cara é sempre assim, se é teatro ou se tinha dado alguma encrenca no backstage.
Voltando às diferenças culturais, o show terminou as 10 da noite, cada um voltou pra casa e era isso, acabou a tão esperada Evening with Cake.
O comentário entre os brasileiros presentes é que o cara só podia estar de cara com o público pq o pessoal daqui é MORTO mesmo comparado com o público de Porto Alegre por exemplo. Esse cara que eu conheci tinha ido no show do Opinião e confirmou a impressão de que foi um baita show e a participação do público de Porto foi impressionante mesmo.

Aqui todo mundo cantou quando tinha que cantar, bateu palma quando tinha que bater e era isso.
A minha conclusão é:
1) Quero que todos os shows comecem na hora e sejam lotados de Porto Alegrenses pra fazer valer a pena.
2) 7 Reais uma garrafa de Polar no Opinião é muito barato!!!

Abraço a todos e até daqui a um mês com o relato do Creedence Clearwater Revisited (esse eu vi no Opinião e vou ver de novo aqui).


Enviado pelo nosso correspondente do Canadá Alvaro Hartmann

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