quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Jimi Hendrix: viagem no tempo

via Rock em Geral




O tempo passa, o tempo voa, e mais um álbum de raridades de Jimi Hendrix vem à tona. Nem a coletânea “First Rays of the New Rising Sun”, de 1997, considerada o “último álbum de Jimi Hendrix”, ou a caixa “The Jimi Hendrix Experience” (2000), esgotaram as gravações do obcecado guitarrista. Dessa vez foram restauradas 12 faixas gravadas em 1969, cerca de um ano antes de sua morte, para o álbum “Valleys Of Neptune”, ajuntadas pelo produtor John McDermott. É dele o duro trabalho de se embrenhar em tudo que foi do guitarrista para encontrar raridades comercialmente viáveis que mantenham os lucros da “Experience Hendrix”, empresa da irmã de criação de Jimi, Janie Hendrix, que ganhou na justiça o direito de administrar o legado do guitarrista.

E o que fazia Jimi Hendrix em 1969? Corria de um lado a outro para tocar e seguir suas incessantes gravações em busca da perfeição, enquanto empresários de todo o tipo procuravam colocar a mão bolso dele. No refúgio das gravações Hendrix ensaiava números para os shows (“Sunshine Of Your Love”, do Cream) e desenvolvia músicas já editadas (“Stone Free”, “Fire”), mas não trabalhadas o bastante nas versões originais. Exemplos de uma coletânea onde predomina a inventividade de Hendrix ao mexer nos botõezinhos e que John McDermott levou tempo para trazer à tona.

Mesmo porque só no ano passado a “Experience Hendrix” fechou contrato com a Sony Music, que prevê, além de “Valleys Of Neptune”, o lançamento do acervo fonográfico do guitarrista. Este ano voltaram às lojas os três primeiros álbuns: “Are You Experienced”, “Axis: Bold As Love” e “Electric Ladyland”, turbinados com DVDs com imagens de shows e documentários de Bob Smeaton (“Beatles Anthology”). Nos Estados Unidos, todos os cinco discos, incluindo “First Rays of the New Rising Sun”, entraram direto no top 200, liderados pelo 4º lugar de “Valleys Of Neptune”.

Para saber a confusão que era a vida do guitarrista da época em que essas músicas foram registradas, e de seu legado para a música contemporânea, entre outros detalhes, dá uma lida nessa entrevista com John McDermott, no site Rock em Geral.

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