quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Somos todos escravos

Amanhece o dia e o despertador chama o povo, obriga a massa a se lembrar de dua escravidão, mesmo sem se dar conta. A TV já está ligada, alguém ligou? O jornal, as conversas, o horário de almoço, todos trabalham para nos lembrar os grandes benefícios de sermos escravos. Grandes conquistas. Comida, uma casa, um carro e 30 dias por ano para se preocupar com a volta ao trabalho.
Grandes, grandes conquistas depois de uma vida dedicada. Uma casa maior, uma carro mais caro e os mesmos 30 dias para se preocupar com a volta ao trabalho.
Seu sonho é ser patrão, um escravo classe A. Super conquistas. Viagens ao exterior, mansão, motorista, seguranças e uma semana aqui, outra ali, para se preocupar com o andamento dos negócios.
O que fazer num mundo onde os que se negam à escravidão são marginais?
Pensar um pouco na vida é quase um atentado ao pudor. Então lhe entopem de pílulas, pedras, farinha, imagens e palavras consoladoras e impossíveis para substituir suas sinapses.
Agora eles pedem para que votemos em mentiras. Nenhum dos números quer a liberdade porque também são todos escravos. Quem quiser que se iluda. Eu estou fora dessa.
Podem dizer que estou louco. Mas existem outros tão loucos quanto, porém, mais famosos:

"Ao indivíduo, à medida que procura sua felicidade, não se deve dar nenhum preceito sobre o caminho que leva à felicidade: pois a felicidade individual brota segundo suas próprias leis, ignoradas por todos, de modo que só pode ser bloqueado e detido por preceitos que vêm de fora. - Os preceitos a que chamamos 'morais' são na verdade dirigidos contra os indivíduos e não desejam de modo algum sua felicidade."

NIETZSCHE, Friedrich. Aurora. Ed. Escala, pág. 82.

Ou, como diria Raulzito: "faz o que tu queres, há de ser tudo da lei!"

2 comentários:

Sabrina Kwaszko disse...

e Viva a sociedade alternativa!

Mas falando mal tem que ver o desfile de escovas e chapinhas q tá o horário político. E o pior é saber que realmente há quem vote na que mais agrada a vista.

Anônimo disse...

lamentável